domingo, 28 de fevereiro de 2010

Coordenador da campanha de Dilma desviou verbas públicas para pagamento do mensalão

A Istoé desta semana revela que o petista Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e coordenador da campanha presidencial de Dilma Roussef, desviou recursos públicos de obras superfaturadas para o pagamento do dívidas de campanha do PT com o marqueteiro Duda Mendonça. Não é à toa que foi escolhido pelos petistas para coordenar a campanha deste ano...

Informa também que já se passaram mais de 4 meses do prazo determinado pela Justiça para que Lula prestasse esclarecimentos sobre o Mensalão, sem que ele tenha dado qualquer satisfação. Revela também através de depoimentos de ministros aquilo que todos sempre soubemos: Lula sempre soube de tudo.


É absurda a impunidade nesse episódio que é conhecido como o maior caso de corrupção que já se teve notícia no Brasil. Lá se vão oito anos de governo sem que o principal beneficiário de todo o esquema tenha sido punido. Isso o encoraja a continuar abusando da justiça, o que tem feito constantemente na campanha eleitoral de sua candidata, antes do prazo legal, sem a desincompatibilização do cargo e paga pelos indefesos contribuintes brasileiros. Deixaremos tudo isso se repetir?

Leiam a reportagem aqui.

Istoé Dinheiro:"Serra terá Aécio ao lado, provavelmente como vice, na chapa puro-sangue"

Trecho da reportagem da Istoé Dinheiro desta semana:

Os mortos governam os vivos. A frase, do francês Auguste Comte, mestre do positivismo, será colocada à prova na próxima quinta-feira 4. Neste dia, o espectro que será chamado a governar o Brasil é o do maior presidente que o País não teve: o mineiro Tancredo Neves, morto antes da posse. A data, que marca o centenário de nascimento de Tancredo, foi escolhida por seu neto, o governador Aécio Neves, para a inauguração da nova cidade administrativa de Minas Gerais, obra de R$ 1 bilhão, projetada por Oscar Niemeyer – a Brasília de Aécio. Ao lado dele, estarão o presidente Lula e governadores vindos de todos os Estados. Um deles, em especial, será notado: José Serra. No dia 4, até pelo simbolismo da data, o Brasil terá certeza de que o governador paulista é candidato à Presidência da República, muito embora o líder do PSDB, senador Sérgio Guerra, tenha dito que o anúncio só virá no fim de março. Mais do que isso, também ficará claro – nas entrelinhas dos discursos e na linguagem muda dos sinais – que Serra terá Aécio ao lado, provavelmente como vice, na chapa puro-sangue. Ouvido por DINHEIRO, na quarta-feira 24, antes de parar para assistir à goleada de 4 a 1 do Cruzeiro sobre o Colo Colo, do Chile, Aécio desconversou. “Tudo pode acontecer”, disse. E deixou um enigma no ar: “Tancredo sempre soube ser mineiro, conciliador, mas ousado, quando necessário.”

Leiam a matéria completa aqui.

Chapa tucana reforçada

No Estadão Online:

PTB pode fechar aliança com tucanos

BRASÍLIA - O PTB deve fechar aliança nacional com o PSDB para apoiar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra. O presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, já conversou com o candidato tucano sobre a parceria no primeiro turno, ampliando a coligação dos partidos de oposição, hoje composta apenas pelo DEM e pelo PPS, além do PSDB. O acordo não está sacramentado, mas Jefferson antecipou ao Grupo Estado que esse é seu desejo e a tendência natural da base petebista.

"Meu coração tende pelo PSDB e o sentimento da base partidária é ficar com os tucanos, seja Serra ou Aécio o candidato", revelou o presidente do PTB. Com a adesão, o PT da pré-candidata Dilma Rousseff perderá 42 segundos no programa eleitoral gratuito no rádio e na TV.

Os petistas contabilizam como garantidos 8 minutos e 21 segundos em cada um dos dois blocos diários de 25 minutos, somando o tempo de PT, PMDB, PC do B e PDT. Juntos, PSDB, DEM e PPS somam 6 minutos e 48 segundos. Para não perder terreno no palanque eletrônico, os aliados de Serra querem fechar aliança também com o PSC, além do PTB, ambos cobiçados pelos petistas. Se a oposição for bem-sucedida, totalizará um minuto a mais em cada bloco de propaganda que irá ao ar às 7h30 e às 12h30, em cadeia de rádio, e às 13h30 e às 20h30, na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Manifesto pela chapa Serra/Aécio

Já assinei. Fui o número 704.

No Uol Notícias:


Manifesto na internet prega união Serra-Aécio; para FHC, chapa puro-sangue do PSDB ainda é possível

Uma página lançada na internet prega uma chapa tucana puro sangue com dois candidatos à Presidência da República em 2010: os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais).

“Em poucos momentos da história é possível unir duas lideranças ilibadas e representativas em torno de um projeto nacional democrático e progressista, vivemos um deles”, diz a nota do site: www.serra-aecio.com.br.

Por enquanto, o manifesto tem pouco mais de 450 assinaturas. “Serra e Aécio, nos cargos públicos que ocuparam, e ao longo dos anos, deram demonstração de competência, vocação pública e de compromisso com mudanças. Para dirigir o Brasil não precisam apresentar credenciais, já estão prontos, pois são o resultado do que tem de melhor a experiência política nacional nos últimos 20 anos”, diz ainda o manifesto.

Para os assinantes, “uma chapa Serra-Aécio significaria, antes de tudo, concretizar uma alternativa ao atual governo federal, que acertou ao dar curso a orientações que emanam de administrações próximas anteriores e fracassou ao não executar reformas agendadas e de grande alcance histórico como a política e a tributária. Seria sinalizar a toda a sociedade que um novo projeto ético na vida pública e na política é possível”.

O UOL Notícias entrou em contato para saber quem são os responsáveis pela página e aguarda retorno.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende uma chapa única tucana. Ele afirmou que é possível a construção de uma chapa "puro-sangue" do PSDB para a disputa da eleição presidencial deste ano. Para FHC, isso não significa que a única opção para a vice-presidência seja o governador mineiro Aécio Neves.

"Puro sangue depende da circunstância. A população hoje não está acreditando muito em partidos, siglas, legendas. Ela vai olhar quem, qual a pessoa. Se for uma pessoa boa, ótimo", afirmou Fernando Henrique, no Rio de Janeiro.

FHC minimizou a demora do partido em indicar o vice na chapa que poderá ser encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra. Segundo ele, a escolha do segundo nome só deve acontecer em junho.

"Nem o PSDB e nem nenhum partido (escolheu o vice). O governo não sabe quem vai ser o vice tampouco", ponderou, pedindo uma atuação firme do Judiciário na investigação de possíveis usos da máquina pública nas eleições.
"O uso da máquina pública é crime. A Justiça tem que atuar com mais firmeza nessa matéria, porque simplesmente é contra a lei", acrescentou.

Ontem, em entrevista à Reuters, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou que "sem dúvida" o candidato do PSDB será José Serra.

Asquerosos


Excelente charge do blog CUBA DEMOCRACIA Y VIDA, escrito por cubanos exilados na Suécia. Mostra Lula, aquele que só se manifesta se receber cartinhas, junto com os irmãos Castro, se banhando no sangue ainda fresco do "prisioneiro de consciência" Orlando Zapata.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Regra número 1 da esquerda: caso surjam problemas, culpem os americanos

Beiram o deboche as afirmações de Raul Castro acerca da situação que levou à morte o dissidente Orlando Zapata. Não só negou que assassinaram dissidentes (e assassinaram dezenas de milhares), como culpou os americanos pela falta de liberdade de expressão na ilha que governa ao lado de seu irmão há mais de 50 anos. E o pior de tudo: falou tudo isso ao lado de ninguém menos que Lula.

Na BBC:



Castro disse que Cuba pode ter liberdade de imprensa 'se os EUA deixarem'

O presidente de Cuba, Raúl Castro, disse nesta quarta-feira em Havana que a morte do preso politico Orlando Zapata Tamayo é resultado da relação do país com os Estados Unidos.

A morte de Zapata, de 42 anos, ocorreu na terça-feira após uma greve de fome de 85 dias.

Desde que ele foi preso em 2003, a organização internacional de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional classificava Zapata como "prisioneiro de consciência" mas Cuba considerava ele e outros prisioneiros dissidentes como "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

Clique Leia mais: Dissidente cubano preso morre após 85 dias de greve de fome

"Lamentamos muitíssimo (a morte). Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos", disse Castro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva, que visita Cuba.

Críticas

Castro disse ainda que muitos outros cubanos também haviam morrido vítimas do que chamou de “terrorismo de Estado”, que seria, segundo ele, praticado pelo governo americano.

O líder cubano disse também que nunca “assassinou ninguém”

"Não assassinamos ninguém, aqui ninguém foi torturado, mas sim na (vizinha, de posse americana) base de Guantánamo, não em nosso território."

Ele disse ainda que está disposto a discutir com o governo americano "todos os problemas que eles tiverem".

"Repito três vezes, todos, todos, todos. Mas não aceitamos se não for em absoluta igualdade."

Castro criticou ainda a imprensa que "só publica o que os donos querem".

"Aqui não há uma máxima liberdade de expressão, mas se os Estados Unidos nos deixarem em paz, poderá haver", disse.

A imprensa noticiou que um grupo de cerca de 50 dissidentes cubanos detidos teria preparado uma carta na qual pediriam para que o presidente Lula intercedesse em seu favor durante encontro com Castro.

Lula não quis comentar o assunto, mas o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse a jornalistas que nem o governo nem a embaixada brasileira receberam a carta.


Uribe chama Chavez de covarde na Cúpula dos Países Latino-americanos e do Caribe

Essa eu queria ter visto de perto para aplaudir. Depois do rei da Espanha ter mandado muito bem com o "por que não te calas?", agora é a vez de Uribe, que dá um lindo esculacho em Chavez, na frente de todos seus amiguinhos bolivarianos.

No Blog do Josias de Souza:

Em Cuba, Lula encontra ditadores; ‘dissidentes’, não

Lula desembarcou em Havana na noite passada. Nesta quarta (24), vai encontrar os irmãos Castro, Raúl e Fidel.

O governo brasileiro define o encontro de Lula com o par de ditadores –o atual e o antecessor— como um "reencontro de velhos amigos".

A exemplo do que ocorrera em visitas anteriores, a agenda de Lula não inclui encontros com opositores do regime cubano.

Um acontecimento funesto envenena a cena. Horas antes do desembarque de Lula, morreu no cárcere o pedreiro Orlando Zapata Tamayo.

Preso político, Tamayo estava em greve de fome. Feneceu no 85º dia. Para deesassessogo de Lula, justamente o dia de seu desembarque.

Em carta entregue à embaixada brasileira, um grupo de 50 dissidentes presos ou com "licença penal" por razões de saúde dirigiu um pedido a Lula.

Eles pediram ao presidente do Brasil que interceda pela liberação dos presos políticos de Cuba. No texto, afirmam que Lula é um “magnífico interlocutor”.

Acham que, se quiser, Lula interceder para que “o governo cubano decida fazer as reformas econômicas, políticas e sociais que o país necessita com urgência.”

Mais: “Avançar no respeito aos direitos humanos; conseguir a reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra".

Não parece provável que Lula interceda em favor dos presos. Comissões da verdade para apurar transgressões aos deireitos humanos, só no Brasil. Em Cuba, jamais.

Para animar o “reencontro de velhos amigos”, Lula deixará em Cuba US$ 150 milhões. Dinheiro para a ampliação de um porto, em Havana.

Trata-se da segunda parcela de um desembolso total de US$ 300 milhões. Ao final das obras, a conta pode chegar a US$ 500 milhões.

Lula voou para Havana depois de participar da Cúpula dos Países Latino-americanos e do Caribe, no México.

Na animação fotográfica exposta lá no alto, você confere as fotos de despedida, clicadas pelo repórter Lula Marques.

Por sugestão do anfitrião, o presidente mexicano Felipe Calderón, a maioria dos 25 chefes de Estado presentes ao encontro vestiram-se de Guajaberas.

Trata-se de um traje típico do Caribe. Uma homenagem aos catadores de goiaba. Alguns preferiram suas próprias roupas típicas.

O venezuelano Hugo Chávez, por exemplo, não abriu mão do seu jaleco de tom abacate-militar.

Produziram-se na cúpula alguns consensos. Um deles resultou na criação de um novo bloco regional. Uma organização que funcionará nos moldes da velha OEA.

Com duas diferenças: inclui Cuba. E exclui EUA e Canadá. No dizer de Chávez, será uma organização capaz de produzir ações isentas da “colonização” americana.

Não ficou muito claro qual será a serventia da nova entidade. Já existem o Grupo do Rio, a Unasul e a própria Cúpula da América Latina e do Caribe. Mas quem se importa?

Ah, sim, Honduras não foi admitida no novo grupo. Por quê? Decidiu-se condicionar o ingresso do país à concessão de anistia a Manuel Zelaya.

Bulir com a soberania de Cuba não pode. Meter-se nos assuntos internos de Honduras pooooode!

Num segundo consenso, os chefes de Estado reunidos no México solidarizaram-se com a colega argentina Critina Kirchner.

Deram-lhe apoio na queda-de-braço que a Argentina trava com a Inglaterra desde que Londres decidiu explorar petróleo nas ilhas Malvinas.

Lula soou categórico. Disse que as Malvinas pertencem à Argentina, não à Inglaterra. Criticou a ONU, que demora-se em dirimir a pendenga.

Nem tudo foi concórdia, contudo. Num almoço a portas fechadas, o venezuelano Hugo Chávez e o colombiano Alvaro Uribe travaram um duro embate verbal.

O rififi começou quando Uribe queixou-se do tratamento dispensado pela Venezuela às empresas colombianas. Chávez interveio.

Disse que, sob sua presidência, iniciada no longínquo ano de 1999, o comércio entre os dois países foi multiplicado por oito.

Uribe o interrompeu. E Chávez, depois de soltar um palavrão, disse que o colega da Colômbia encomendara a um grupo paramilitar o assassinato dele.

Estica daqui, puxa dali, Chávez ameaçou deixar a reunião. E Uribe: "Seja homem! Estas questões devem ser discutidas nestes fóruns...”

“...Você é muito corajoso para falar as coisas à distância, mas um covarde quando é para falar as coisas na cara".

Coube ao companheiro-ditador de Cuba, Raúl Castro, jogar água fria na fervura. Ao final, o anfitrião Calderón disse, em entrevista, que a coisa terminou bem.

Chávez e Uribe toparam participar de um “diálogo amistoso”. Cirou-se um grupo negociador. Integram-no Brasil, Argentina, República Dominicana e México.

A viagem de Lula não termina em Cuba. De Havana, o presidente brasileiro voará para o Haiti. Dali, para El Salvador. Só retorna a Brasília no final de semana.

O governo Lula tem sido um verdadeiro cúmplice', diz companheiro de luta de Orlando Zapata Tamayo

No Globo:

RIO - A voz de Oswaldo Payá era pesada ao atender o telefone. Minutos antes ele fora informado da morte de Orlando Zapata Tamayo , companheiro de luta para impulsionar o Projeto Varella, uma iniciativa que reuniu assinaturas de cubanos defendendo um referendo sobre mudanças políticas em Cuba. A tristeza se misturava à indignação e Payá, um dos principais dissidentes do país, não poupou críticas aos governos cubano e brasileiro. "O governo Lula não teve uma palavra de solidariedade com os direitos humanos em Cuba, tem sido um verdadeiro cúmplice", disse ao GLOBO.

( Lula chega a Cuba sob pressão de dissidentes e morte de preso político )

O que significa a visita do presidente Lula neste momento e os investimentos brasileiros no país?

OSWALDO PAYÁ: Os projetos econômicos o Brasil pode levar de volta quando quiser. Respeitamos e amamos o povo brasileiro, mas o governo Lula não teve uma palavra de solidariedade com os direitos humanos em Cuba, tem sido um verdadeiro cúmplice com a violação dos direitos humanos em Cuba. Já não esperamos nem queremos esperar nada dele.

Sobre a carta que os presos políticos enviaram ao presidente Lula... O senhor apoia a iniciativa?

PAYÁ: Nossos amigos presos sempre tentam chamar a atenção dos visitantes. E Lula, que esteve preso, deveria ter coragem de encontrar pessoas que estão detidas por defenderem a liberdade sindical, por defenderem os direitos dos cubanos. Mas, sinceramente, não creio que valha a pena pedir (o encontro). Ele demonstrou que seu compromisso é com este governo. Se tem alguma explicação a dar, que dê ao povo brasileiro.

Como o Brasil poderia ajudar?

PAYÁ: Levantando a voz e com a solidariedade para libertar os presos políticos pacíficos, porque não colocaram bombas, não cometeram violência, só pediram respeito aos direitos. É só isso que o povo do Brasil deve fazer. Não se escuta essa voz. E agora, após uma cúpula que foi uma vergonha sobre a exclusão que o povo cubano sofre, sabemos que temos de lutar sozinhos.

Houve um encontro de dissidentes com uma delegação americana. Como esses encontros ajudam?

PAYÁ: Se aqui vem alguém do Brasil e quer se reunir, vamos e falamos. Se vem de Vaticano, Espanha, EUA, se querem ouvir nossas opiniões, vamos e falamos. Ninguém pode pôr limites de com quem podemos falar. Essa delegação veio falar com o governo cubano. O que ocorre é que o governo é excludente até nisso.

Está sendo preparado um funeral para Zapata?

PAYÁ: Não sabemos. Aqui há um regime totalitário onde as coisas mais elementares não são respeitadas. Assim, não sei o que vai ocorrer.

A oposição vai tentar uma aproximação com o Brasil?

PAYÁ: Não. Vamos tentar com o povo brasileiro, porque sua embaixada aqui sequer trata conosco. E, por questão de dignidade, não vamos tentar nada com um governo que nos despreza. Com o povo do Brasil sim. Tomara que nossa mensagem chegue ao povo brasileiro.

Lula passeia em Cuba enquanto dissidente morre na prisão

Lula desembarca em Havana num momento especialmente vergonhoso para os governos cubano e brasileiro. Morreu ontem devido a uma greve de fome que durou 85 dias, o dissidente político Orlando Zapata. Estava encarcerado desde 2003 sem haver cometido nenhum crime, a não ser a defesa por mudanças no regime.

Nós, brasileiros dignos (reitero: apenas os dignos), nos envergonhamos por sermos representados por um governo que não apenas se cala diante da tirania dos irmãos Castro, como os apóia financeiramente e diplomaticamente. Como tem feito, aliás, com tudo o que é LIXO em termos política externa. Que o digam os não menos crápulas Ahmadinejad e Hugo Chavez, também especialistas na arte da democracia, segundo nosso presidente. Este último, por sinal , também pousou em Cuba. Talvez para admirar junto com Raul, Fidel e Lula os resultados de sua magnífica obra na América Latina: racionamentos, apagões, isolamento internacional, discursos ridículos e a violência contra a divergência política.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sem medo do ridículo


"O Reino Unido não percebe que está violando o direito internacional, os princípios básicos da geografia e a história? Saiam dali! Devolvam as Malvinas à Argentina!"

Hugo Chavez, num delírio de megalomania, dando ordens aos britânicos. Por que não te calas?

"Acho que Jesus tinha muita compaixão, era um homem gay superinteligente, que entendeu os problemas da humanidade"
Elton John, um homem gay repugnante

Tudo azul!

Em homenagem ao glorioso Avaí Futebol Clube, a partir de hoje o plano de fundo do blog será azul, e não mais preto. Como é que não pensei nisso antes?

Sobre o outro mensalão: Lula caladinho

Na Folha Online:

Lula silencia há 3 meses sobre mensalão

Há mais de três meses o STF (Supremo Tribunal Federal) aguarda respostas do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a perguntas sobre o conhecimento dele dos fatos apontados na ação penal do mensalão e sua relação com os réus no processo.

As questões foram elaboradas pelo Ministério Público Federal, que é o autor do processo em andamento no STF sobre a suposta compra de apoio de partidos e políticos pelo PT entre 2002 e 2005.

Paulo Bornhausen: "Não vamos abraçar quadrilheiros como fez o PT"

No Diário Catarinense:

"Não vamos abraçar quadrilheiros como fez o PT", diz líder do DEM sobre Paulo Octávio

Para Paulo Bornhausen, o governador do DF ou sai do partido ou será expulso

O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), disse hoje que o governador do Distrito Federal (DF), Paulo Octávio, ou sai do partido ou será expulso pela Executiva Nacional da sigla. Bornhausen reiterou que o mensalão não é do Democratas e que começou por um grupo de Brasília.

— Ou ele (Paulo Octávio) sai do partido ou será expulso. Esse mensalão é de um grupo de Brasília e não vamos abraçar mensaleiros, quadrilheiros, como fez o PT. Não vamos colocar para dentro do partido e fazer de conta que nada aconteceu. O Democratas já tomou seu caminho e não vamos andar com fichas sujas. Vamos cumprindo a decisão de limpar seus quadros como fizemos com Arruda (governador do DF afastado José Roberto Arruda) e com o deputado do castelo (Edmar Moreira) — garantiu Bornhausen.

— Sou a favor de uma limpeza geral. Os acontecimentos no DF são lastimáveis. O Brasil precisa de uma grande virada. Nós fazemos a nossa parte no Democratas e esperamos que a Justiça faça com outros mensaleiros o que está fazendo hoje, com razão, com aqueles que estavam no nosso partido — completou.

Apesar da pressão, Paulo Octávio anunciou ontem que não pode deixar de escutar os apelos da população e de aliados que pediram que ele não renuncie. Segundo Octávio, sua decisão será mantida para assegurar a governabilidade do DF. Ele afirmou já ter sua carta de renúncia pronta mas se manterá no cargo "por pelo menos mais alguns dias".

Octávio foi eleito vice-governador do DF na chapa que elegeu Arruda como governador. Há uma semana, após a prisão de Arruda, assumiu interinamente o governo local. Arruda, foi preso devido a uma denúncia de que foi o mentor de uma suposta tentativa de suborno a uma testemunha do que ficou conhecido como o mensalão do DEM de Brasília.

Sai da frente!

Avaí rumo ao bicampeonato catarinense! Em noite de festa, ontem avançamos à final do primeiro turno do estadual, vencendo o Atlético de Ibirama por 2 x 0 na Ressacada. Temos agora pela frente uma final difícil, jogando fora de casa contra o JEC em Joinville, mas nada que assuste o melhor time e a maior torcida de Santa Catarina.


Na foto acima, o zagueiro Emerson comemora o gol que abriu o placar

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ibope: Serra levando no primeiro e no segundo turno

Na Folha Online:

Com 36%, Ibope mostra Serra à frente de Dilma

Realizada entre os dias 6 e 9 deste mês, pesquisa Ibope/Diário do Comércio registra uma vantagem de 11 pontos do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), no cenário que inclui o nome do deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa presidencial.

Segundo a pesquisa, Serra tem 36% da preferência contra 25% de Dilma. Como a margem de erros é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Ciro aparece tecnicamente empatado com a pré-candidata do PV, Marina Silva. Ele tem 11%. Ela, 8%.

Na simulação que exclui o nome de Ciro, Serra conta com 41% das intenções de voto contra 28% de Dilma. Marina tem 10%.

Se o segundo turno fosse hoje, Serra venceria Dilma por 47% a 33%.

O Ibope ouviu 2002 eleitores em 144 cidades. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo 3196/20.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

E aí, Lula? Vai arregar?

Essa eu pagaria para ver. Mas acho que o Menas jamais aceitaria. Já mostrou diversas vezes que gosta mesmo é de monólogo. Não é muito chegado a dar espaço ao interlocutor.

Na coluna do Augusto Nunes:

FHC aceita o convite para o duelo que Lula não pode recusar

Perto das 8 da noite desta quarta-feira, no intervalo de uma reunião no Instituto Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente ouviu a pergunta já no primeiro minuto da conversa por telefone:

─ Posso dizer que o senhor aceita debater publicamente com o presidente Lula?

─ Pode, claro.

─ Alguma pré-condição?

─ Nenhuma. Mas é bom deixar claro que não propus nenhum desafio. Não estou desafiando ninguém. Estou apenas aceitando um convite.

─ Vou dar a notícia amanhã.

─ Pode dar. Debate é sempre saudável. Aceito pelo Brasil.

No mesmo dia em que Fernando Henrique Cardoso topou o convite, o deputado Ricardo Berzoini entoou a cantilena que obriga o presidente a aceitá-lo também. “Vamos, sim, fazer a comparação entre os oito anos de Lula e os oito anos de FHC”, recitou. “O eleitor precisa ser lembrado de como foi um governo e o outro”.

O eleitor merece saber se Lula recebeu uma herança maldita e reconstruiu o país, como repete há pelo menos seis anos, ou se resolveu valer-se de mentiras e fantasias para desqualificar o legado do antecessor que acabou com a inflação, consolidou a democracia constitucional e fixou diretrizes econômicas que, em sua essência, vigoram até hoje. É assunto sério demais para ser tratado por intermediários, muito menos por moleques de recado. É coisa para gente grande. Os eleitores merecem ver em ação os dois protagonistas ─ só eles, e sem figurantes por perto.

O debate se tornou inevitável no momento em que o presidente decidiu que a eleição tem de ser plebiscitária. FHC já topou. Lula não poderá furtar-se ao duelo que provocou.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mulher-sofá!

DEPOIS DA MULHER SAMAMBAIA, MULHER MELANCIA E MULHER MORANGO, VEM AÍ A MULHER SOFÁ !!!!

Pena Branca na TV

Na Folha Online:

"... Homenagem

A TV Cultura vai homenagear o cantor com a exibição do "Ensaio", gravado em 1991 com a participação da dupla Pena Branca e Xavantinho, que é entrevistada e canta alguns de seus sucessos, como "Cio da Terra", "Felicidade" e "Cuitelinho". O programa vai ao ar nesta quarta-feira (10), a partir das 23h.

Além disso, o "Viola, Minha Viola" deste sábado (12) vai exibir várias participações de Pena Branca. Entre os trechos que serão mostrados, está uma das últimas aparições do músico na televisão, gravada em outubro de 2009. O programa vai ao ar a partir das 21h30."

Folia no céu

Faleceu ontem à noite o músico brasileiro Pena Branca. Presto aqui minha homenagem a um dos integrantes da dupla caipira mais afinada que já conheci. Violeiro, compositor e cantador, com mais de 50 anos de carreira, formou com seu irmão, também já falecido, a dupla Pena Branca e Xavantinho. Após a morte de Xavantinho, Pena Branca iniciou sua carreira solo e participou de algumas excelentes parcerias, entre as quais com o Renato Teixeira.

Deixará um enorme vácuo na música regional brasileira. Deixou como presente para nós seu repertório, com algumas das gravações mais belas que já escutei e que ainda estou conhecendo. Para quem já o conhecia e admirava, compartilho meu lamento. Para quem não conhecia, está na hora de conhecer. Vejam no vídeo abaixo um trecho de um programa onde falam um pouco sobre o início da dupla e cantam uma de suas primeiras músicas.




segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Passeio azul e branco

Em partida realizada ontem pelo Campeonato Catarinense, o Avaí simplesmente não tomou conhecimento do seu adversário e atual líder do campeonato, o Joinville. Apesar do calor sufocante que tem feito, jogou por encanto, manteve a invencibilidade e aplicou 5 a 1 nos coitados (ver vídeo abaixo), que agora devem querer manter distância da equipe azurra e do belo estádio da Ressacada. Uuurra Leão!

Chavismo: quando vencer o PT é questão de honra

Os brasileiros acabam de levar um tapa na cara vindo do coronelzinho venezuelano Hugo Chavez. Nos chama de idiotas, pois julga que somente ele sabe o que é bom para nós e para o continente. Após arruinar a economia e a democracia de seu próprio quintal, sobe em cima do muro e começa a insultar seus vizinhos. Não é de hoje que se imiscui nos assuntos internos da Bolívia, Equador, Honduras e até da Colômbia. Também não é a primeira vez que resolve dar pitacos nas eleições do Brasil. Já ofendeu nosso Senado e já elegeu Dilma nossa presidente antes mesmo de nós brasileiros sabermos quais são os candidatos, conforme já escrevi neste blog.

Creio que cabe ao Brasil (nós brasileiros, não nosso governo), na condição de nação mais relevante do subcontinente, dar um basta nessa intromissão. Ele que vá dar palpite na casa da avó dele! Que ele saiba que por aqui ninguém suporta a cara dele, e que o único sentimento que nos desperta é o desprezo. Me solidarizo com os bravos venezuelanos, que nos mostram de que mais cedo ou mais tarde botarão esse covarde asqueroso para correr. Ficarei muito feliz quando souber que conseguiram. E também acho que a maneira pela qual mais podemos contribuir com isso é afastarmos de nossas vidas nossos próprios bolivarianos. Aliás, acho que isso seria um ótimo tema a ser levantado pela oposição: até que ponto o Brasil abrirá mão de sua soberania em favor de uma quadrilha internacional, formada por ditadores, terroristas e narcotraficantes, todos abrigados sob o mesmo teto no Foro de São Paulo.


No UOL Notícias:

Chávez diz que seria "nefasto" se direita brasileira vencesse eleições

Caracas, 7 fev (EFE).- O presidente venezuelano, Hugo Chávez, indicou hoje que seria "nefasto" para a América Latina se a direita recuperasse o Governo do Brasil nas próximas eleições presidenciais, em outubro.


"Neste ano há eleições no Brasil e temos certeza de que o império americano vai apostar tudo na direita brasileira, para ter desde 1º de janeiro do ano que vem um Governo subordinado às ordens americanas. Isso seria nefasto para a união da América do Sul", disse Chávez em seu programa dominical "Alô Presidente".

"Não nos intrometemos nos assuntos internos, mas cabe a nós saber o que acontece nos países irmãos da América Latina e do Caribe", acrescentou o presidente venezuelano.

Chávez advertiu que os setores direitistas do continente, com o amparo e a ajuda dos Estados Unidos, suscitaram uma ofensiva política para recuperar a posição que tiveram antes que surgissem as correntes progressistas que chegaram ao poder em vários países da região.

"A direita imperialista e lacaia se reúne e contra-ataca, continua tentando voltar ao poder", assinalou Chávez.

O líder explicou que essa ofensiva tenta "afastar nossos Governos uns dos outros para enfraquecê-los, atacar a Unasul, a Alba". Ele assegurou o mesmo ocorreu em relação "ao golpe de Estado de Honduras e às sete punhaladas no coração da União Sul-Americana, que são as bases estrangeiras na Colômbia".

Chávez insistiu que "hoje a união é muito mais necessária porque o império e as burguesias lacaias trabalham para impedir a união".

Ao se referir às eleições brasileiras, o presidente disse que tinha "grande esperança que o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que não se subordinou às ordens do império ianque e foi nosso aliado, continue seu curso, continue seu ritmo".

Chávez afirmou que o Governo Lula "é aliado dos povos da América, dos povos progressistas".

domingo, 7 de fevereiro de 2010

EUA: Conservadores otimistas

No UOL Notícias:

Sarah Palin prevê um bom ano para conservadores nas eleições


Washington, 6 fev (EFE).- A ex-candidata à Vice-Presidência dos Estados Unidos, Sarah Palin, transformada na grande heroína dos grupos conservadores, previu na noite deste sábado que os candidatos desta ideologia terão "um grande ano" nas eleições legislativas de novembro.

Em uma iniciativa que na prática lhe consagra como líder dos eleitores conservadores americanos, Palin pronunciou neste sábado o discurso de encerramento da primeira convenção do movimento conhecido como "Tea Party", que reúne os setores mais à direita dos EUA.

Perante os cerca de 600 participantes da convenção, realizada em um hotel de Nashville (Tennessee), a ex-governadora do Alasca - considerada por muitos uma possível candidata presidencial nas eleições de 2012 - assegurou que as políticas do presidente Barack Obama durarão pouco.

Deu como exemplo a vitória, há duas semanas, do republicano Scott Brown nas eleições parciais de Massachusetts - que arrebatou dos democratas a maioria absoluta no Senado - e de candidatos desse partido nas eleições a governador em Nova Jersey e Virgínia para assegurar que os conservadores ganharão cadeiras nas legislativas.

"Se há esperança em Massachusetts - um dos estados mais progressistas do país -, há esperança em qualquer lugar", declarou a ex-candidata à vice-presidente, que arremeteu sistematicamente contra Obama e suas políticas econômicas e internacionais embora sem nomeá-los diretamente em nenhuma ocasião.

Assim, em um discurso que teve todas as características de campanha eleitoral, afirmou que "se trata do povo, e isso é uma coisa muito melhor do que um tipo carismático que lê o que uma máquina lhe dita", em referência ao costume de Obama de utilizar o teleprompter em seus discursos.

Em particular, a ex-candidata atacou a política de segurança nacional e assegurou: "Precisamos de um comandante-em-chefe de nossas tropas, não um professor de Direito que nos dê lições de um pódio".

A ex-governadora foi precedida pela brasileira Ana Puig, que apresentou uma conferência sobre "A correlação entre esta Administração e os Governos marxistas da América Latina".

Por seu discurso, Palin embolsou US$ 100 mil, um número que gerou críticas inclusive entre alguns de seus seguidores, que consideram que isso prejudica a imagem do movimento.

O convenção também gerou críticas nesse sentido, pois seus organizadores a administraram com fins lucrativos. As entradas para o banquete que precedeu o discurso de Palin custavam US$ 300 por pessoa.

Palin e o "Tea Party" se colocaram à direita do Partido Republicano, imerso em uma busca de identidade após o baque eleitoral de 2008 e dividido entre conservadores e moderados, que recomendam flexibilizar posturas em temas sociais como o aborto e os casamentos homossexuais para atrair um eleitorado mais amplo.

O grupo - que traz seu nome do motim promovido em 1773 pelos colonos americanos, fartos dos impostos do Governo britânico, quando atiraram ao mar cargas de chá no porto de Boston, em Massachusetts - nasceu como uma corrente espontânea baseada em uma rejeição visceral às receitas de Obama.

O "Tea Party" ganhou visibilidade em abril do ano passado com a convocação de centenas de manifestações simultâneas em todo o país para protestar contra o elevado gasto público no qual a Casa Branca apostou para tirar o país da crise.

A partir daí, a corrente captou mais adeptos e acentuou sua natureza partidária, situando-se à direita do Partido Republicano.

Agora procura promover candidatos conservadores nas eleições de novembro e para isso, desafiar nas primárias do partido republicano aspirantes que considerem centristas demais.

Em abaixo-assinado, 67 bispos católicos contestam PNDH-3

Pronunciamento acerca do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos

“Nós abaixo-assinados, impelidos por nosso dever pastoral como Bispos católicos, provenientes de várias regiões do País, reunidos em um encontro de atualização pastoral prosseguindo a tradição profética da Igreja Católica no Brasil que, nos momentos mais significativos da história de nosso País, sempre se manifestou em favor da democracia, dos legítimos direitos humanos e do bem comum da sociedade, em continuidade com a Declaração da CNBB do dia 15 de Janeiro de 2010 e com a Nota da Comissão Episcopal de Pastoral para a Vida e a Família e em consonância com os pareceres emitidos por diversos segmentos da sociedade brasileira feridos pelo III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), assinado pelo Presidente da República no dia 21 de dezembro de 2009 nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição a determinados pontos deste Programa.

Diz a referida Declaração: “A CNBB reafirma sua posição muitas vezes manifestada em defesa da vida e da família e contrária à descriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homoafetivos. Rejeita, também, a criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União, pois considera que tal medida intolerante, pretende ignorar nossas raízes históricas”.

Não podemos aceitar que o legítimo direito humano, já reconhecido na Declaração de 1948, de liberdade religiosa em todos os níveis, inclusive o público, possa ser cerceado pela imposição ideológica que pretende reduzir a manifestação religiosa a um âmbito exclusivamente privado. Os símbolos religiosos expressam a alma do povo brasileiro e são manifestação das raízes históricas cristãs que ninguém tem o direito de cancelar.

Há propostas que banalizam a vida, descaracterizam a instituição familiar do matrimônio, cerceiam a liberdade de expressão na imprensa, reduzem as garantias jurídicas da propriedade privada, limitam o exercício do poder judiciário, como ainda correm o perigo de reacender conflitos sociais já pacificados com a lei da anistia. Estas propostas constituem, portanto, ameaça à própria paz social.

Fazemos nossas as palavras do Cardeal Dom Geraldo Majela Agnelo, Primaz do Brasil, referidas à proposta de descriminalização do aborto, mas extensivas aos demais aspectos negativos do programa. O PNHD 3 pretende fazer passar como direito universal a vontade de uma minoria, já que a maioria da população brasileira manifestou explicitamente sua vontade contrária. Fazer aprovar por decreto o que já foi rechaçado repetidas vezes por órgãos legítimos traz à tona métodos autoritários, dos quais com muito sacrifício nos libertamos ao restabelecer a democracia no Brasil na década de 80.

Firmes na esperança, pacientes na tribulação, constantes na oração (Rm 12, 12), confiamos a Deus, Senhor supremo da Vida e da História, os rumos de nossa Pátria brasileira.

Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2010.

+ Alano Maria Pena, Arcebispo de Niteroi, RJ
+ Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo de Guarabira
+ Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica S. João Maria Vianney, Campos, RJ
+ Benedito Gonçalves Santos, Bispo de Presidente Prudente, SP
+ Joaquim Carreira, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ Juarez Silva, Bispo de Oeiras, PI
+ Manoel Pestana Filho, Bispo emérito de Anápolis, GO
+ José Moreira da Silva, Bispo de Januária, MG
+ Tarcísio Nascentes dos Santos, Bispo de Divinópolis, MG
+ Guiliano Frigenni, Bispo de Parintins, AM
+ Paulo Francisco Machado, Bispo de Uberlândia
+ Gilberto Pastana de Oliveira, Bispo de Imperatriz, MA
+ Philipe Dickmans, Bispo de Miracema, TO
+ Edney Gouvêa Mattoso, Bispo eleito de Nova Friburgo, RJ
+ Carlos Alberto dos Santos, Bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas, BA
+ Walter Michael Ebejer, Bispo emérito de União da Vitória, PR
+ José Antônio Peruzzo, Bispo de Palmas – Francisco Beltrão, PR
+ Franco Cuter, Bispo de Grajaú, MA
+ Karl Josef Romer, Secretário emérito do Pontifício Conselho para a Família
+ Roberto Lopes, Abade do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
+ Orani João Tempesta OCist., Arcebispo do Rio de Janeiro, RJ
+ Eugenio de Araujo Card. Sales, Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, RJ
+ João Carlos Petrini, Bispo Auxiliar de São Salvador da Bahia
+ Luciano Bergamin, Bispo de Nova Iguaçu, RJ
+ Antônio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+ Wilson Tadeu Jönck, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
+ Pedro Brito Guimarães, Bispo de São Raimundo Nonato, PI
+ Fernando Guimarães, Bispo de Garanhuns, PE
+ Salvador Paruzzo, Bispo de Ourinhos, SP
+ José Moureira de Mello, Bispo de Itapeva, SP
+ José Francisco Rezende Dias, Bispo de Duque de Caxias, RJ
+ Laurindo Guizzardi, Bispo de Foz do Iguaçu, PR
+ Gornônio Alves da Encarnação Neto, Bispo de Itapetininga, SP
+ Carmo João Rhoden, Bispo de Taubaté, SP
+ Ceslau Stanula, Bispo de Itabuna, BA
+ João Bosco de Sousa, Bispo de União da Vitória, PR]
+ Osvino José Both, Arcebispo Militar do Brasil, BSB
+ Capistrano Francisco Heim, Bispo Prelado de Itaituba, PA
+ Aldo di Cillo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, PB
+ Gil Antonio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora, MG
+ Moacir Silva, Bispo de São José dos Campos, SP
+ Diamantino Prata de Carvalho, Bispo de Campanha, MG
+ Caetano Ferrari, Bispo de Bauru, SP
+ Aléssio Saccardo, Bispo de Ponta de Pedras, PA
+ Heitor de Araújo Sales, Arcebispo emérito de Natal, RN
+ Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo de Natal, RN
+ Geraldo Dantas de Andrade, Bispo auxiliar de São Luis do Maranhão, MA
+ Bonifácio Piccinini, Arcebispo emérito de Cuiabá, MT
+ Tarcísio Scamarussa, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ Celso José Pinto da Silva, Arcebispo emérito de Teresina, PI
+ José Palmeira Lessa, Arcebispo de Aracaju, SE
+ Antônio Carlos Altieri, Bispo de Caraguatatuba, SP
+ Aloisio Hilário de Pinho, Bispo emérito de Jataí, GO
+ Guilherme Porto, Bispo de Sete Lagoas, MG
+ Adalberto Paulo da Silva, Bispo Auxiliar emérito de Fortaleza, CE
+ Bruno Pedron, Bispo de Ji-Paraná, RO
+ Fernando Mason, Bispo de Piracicaba, SP
+ João Mamede Filho, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ José Maria Pires, Arcebispo emérito de Paraíba, PB
+ Alfredo Schaffler, Bispo de Parnaíba, PI
+ João Messi, Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda, RJ
+ Friederich Heimler, Bispo de Cruz Alta, RS
+ Osvaldo Giuntini, Bispo de Marília, SP
+ Assis Lopes, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+ Edson de Castro Homem, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+Alessandro Ruffinoni, Bispo auxiliar de Porto Alegre, RS
+ Leonardo Menezes da Silva, Bispo auxiliar de Salvador, BA

Esse sim é o cara

Artigo impecável. Sinceramente sinto saudades do tempos em que havia um debate inteligente na política brasileira. Hoje os tempos são outros, e a mentira tornou-se uma referência para boa parte da população que prefere não pensar.

Sem medo do passado, por Fernando Henrique Cardoso no Zero Hora

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados... O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado. Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

*Ex-presidente da República

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Para quem acredita que Raul Castro iria amenizar a repressão do regime, eis os fatos.Onde estão Lula, Celso Amorim e a Dilma para comentar este assunto. Ou melhor, onde está a grande imprensa brasileira para forçar essa turma a dar uma posição? O que eles acham do termo "prisioneiro de consciência"? No UOL Notícias:

Grupo opositor cubano denuncia detenção de pelo menos 37 dissidentes

Havana, 5 fev (EFE).- A opositora Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) cubana denunciou hoje que pelo menos 37 dissidentes foram detidos esta semana na cidade de Camagüey (leste) por se manifestarem em apoio a um preso político, embora quase todos já tenham sido libertados.

O porta-voz da comissão, Elizardo Sánchez, disse à imprensa estrangeira que "pelo menos 23 pacíficos opositores foram brutalmente golpeados e detidos" na quarta-feira após uma manifestação nas ruas em protesto pela situação do prisioneiro de consciência Orlando Zapata Tamayo.

Acrescentou que outros 14 foram detidos ontem nessa mesma cidade enquanto estavam reunidos em uma casa para "fazer outras ações de solidariedade com Zapata Tamayo".

A CCDHRN assinalou que "quase todos os detidos foram libertados", exceto cinco, que continuam retidos pela Polícia em Camagüey e Guantánamo.

De acordo com a comissão, Zapata Tamayo iniciou uma greve de fome em dezembro do ano passado por "maus tratos carcerários", após a qual foi internado no hospital de Camagüey, onde lhe fornecem soro intravenoso para mantê-lo com vida.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Patético

Acho que não tem mais jeito. Internem esse panaca e seus bajuladores num hospício. Acha pouco todas as desgraças e vergonhas a que submeteu o povo venezuelano.

Na Folha Online:

Chávez quer governar mais 11 anos e prevê 1.800 anos de governo revolucionário

O presidente venezuelano Hugo Chávez, que comemorou nesta terça-feira o décimo primeiro aniversário de sua posse, em meio a frequentes protestos, anunciou que, "se o povo quiser", está disposto a governar por mais onze anos para garantir as conquistas de seu projeto socialista.

"Tenho 55 anos e 11 anos como presidente. Nos próximos 11 anos, prometo cuidar de mim um pouco mais e, se vocês quiserem, dentro de 11 anos terei 66 anos, se Deus quiser, 22 como presidente", declarou Chávez a membros de seu governo e a outras centenas de pessoas em um teatro de Caracas. Ele disse no entanto, que não espera governar um terceiro período de 11 anos pois considera "demasiado" ficar 33 anos no poder.

Pouco depois, Chávez afirmou que a "revolução bolivariana" se estenderá por 900 anos, para que seu país "se vingue" pelos últimos 90 anos do século 20 em que "os oligarcas" governaram apoiados pelo "império ianque".

"Restam 900 anos. Burgueses, continuem resistindo porque restam 900 anos, nada mais", acrescentou. "Depois de 900 virão mais 900, mas os oligarcas nunca mais voltarão a governar a Venezuela, nunca mais os ianques voltarão a governar a Venezuela", insistiu.

Chávez, cujo segundo mandato terminará em 2012, já anunciou que pretende ser candidato para um terceiro, depois que uma emenda à Constituição abriu, em fevereiro de 2009, as portas para que se candidate a novo período de governo.

Diante de uma onda de protestos contra o racionamento de energia e medidas do governo contra empresas de comunicação, Chávez que a oposição será derrotada por "maioria esmagadora" nas próximas eleições parlamentares de setembro, e convocou o povo "à ofensiva em todos os lugares".

"Vamos ganhar a Assembleia Nacional [Parlamento] no dia 26 de setembro com maioria esmagadora. Vamos derrotar os golpistas, os fascistas na rua", disse Chávez mencionando a oposição que, segundo ele, tenta derrotá-lo, refazendo o golpe de Estado que em 2002 o tirou do poder por dois dias.

"Chamo vocês às ruas, o povo à rua. A rua é do povo revolucionário; não da oligarquia, nem dos filhos da oligarquia, dos fascistas vendedores da pátria", acrescentou o presidente.

Estudantes universitários protagonizaram manifestações nos últimos dias em protesto contra a saída do ar do canal a cabo RCTV Internacional e contra a deficiência dos serviços de abastecimento de água e eletricidade.

Apoiadores de Chávez também foram às ruas, e pelo menos duas pessoas morreram em manifestações, enquanto dezenas foram detidas ou feridas.

O presidente chama as manifestações de "desestabilizadoras", no momento em que o país também sofre com os efeitos da crise financeira internacional e a queda do preço do petróleo, que levaram o governo a desvalorizar a moeda venezuelana no mês passado. Altos membros do governo deixaram os cargos nas últimas semanas, incluindo o vice-presidente Ramón Carrizales, que também renunciou à chefia do Ministério da Defesa.

"Vamos ao ataque, ao ataque, ao ataque, à ofensiva por todos os lugares", acrescentou para seus seguidores reunidos em um teatro de Caracas.

No próximo dia 26 de setembro a Venezuela realizará eleições para renovar a Assembleia Nacional, atualmente dominada pelo governo. E em 2012 serão realizados comícios presidenciais, onde Chávez espera conseguir um terceiro mandato graças a uma reforma constitucional de 2009, que permite reeleições ilimitadas para todos os cargos.

"Nosso governo ainda é uma criança, é uma criança ainda", disse o presidente.

Bornhausen é novo líder do DEM na Câmara

O deputado federal catarinense Paulo Bornhausen (SC) foi escolhido no final da tarde de ontem como o novo líder do Democratas na Câmara dos Deputados, em substituição a Ronaldo Caiado (GO). A legenda conta com 56 deputados. O parlamentar disse que as prioridades serão os projetos que estão em tramitação, como os do Pré-Sal. Bornhausen afirmou também que quer conversar com os outros líderes da oposição sobre a obstrução das votações em protesto à decisão do governo federal em liberar as obras com irregularidades apontadas pelo TCU.

Outro catarinense permanece na liderança. É João Pizzolatti, que foi reconduzido como líder do Partido da República (PR) na Câmara.

Bolsa-Companheiro: nossa contribuição ao PT

Nunca na história desse país a companheirada esteve tão feliz com um governo. Só para lembrar, o estatuto do PT obriga seus filiados a pagar um "dízimo" ao partido quando loteados em cargos de confiança. Ou seja, criaram uma verdadeira torneira de verbas públicas que inundam incessantemente os cofres petistas. Alguma surpresa? Essa é a ética deles. Eu fico com a minha.

No Blog do Fernando Rodrigues:

Lula dobra criação de cargos de confiança no 2º mandato

A “Folha” de hoje (1.fev.2010) traz uma reveladora reportagem (aqui, para assinantes do jornal) sobre como o Estado funciona sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva.

Sob o PT, o governo federal dobrou o ritmo da criação de cargos comissionados –aqueles de livre provimento, quando o funcionário pode ocupar a função sem prestar concurso. Ou seja, são nomeações políticas.

O número médio mensal de postos criados aumentou de 23,8 nos quatro primeiros anos do governo para 54 a partir de 2007, quando começou o 2º mandato de Lula.

A Folha usou um levantamento feito em medidas provisórias e projetos de lei. Foram criados 4.225 cargos de confiança de 2007 a 2009. Considerando os cargos extintos no mesmo período, o saldo é de 1.946, contra 1.144 no período anterior.

Segundo um documento de 2007 do Ministério do Planejamento, Lula herdou do antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso (presidente de 1995 a 2002), 19.943 cargos de livre nomeação.

Depois de 4 anos no Planalto, Lula já contava com 21.087 cargos de confiança. Agora, são 23 mil. Esses cargos comissionados são conhecidos pelas siglas DAS (Direção e Assessoramento Superior) e NE (Natureza Especial) e destinados a funções de chefia ou postos estratégicos.

Segundo a “Folha”, o número de cargos de confiança no Brasil é um dos mais altos do planeta. Nos Estados Unidos, no início da gestão Barack Obama, em 2009, havia cerca de 9.000 dirigentes desse tipo e 600 deles precisavam de aprovação do Senado.

Eis um resumo do que se passou nas administrações de FHC e de Lula:

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ainda a tal marolinha: Indústria recua 7,4% em 2009

Na Agência Financeira:

Indústria brasileira tem pior resultado desde 1990

Ainda em recuperação após a crise económica, a indústria brasileira não conseguiu evitar o pior resultado desde 1990, tendo registado uma queda de 7,4% no ano passado em comparação com 2008.

Segundo a Folha online, em Dezembro a indústria registou uma retracção na produção pelo segundo mês consecutivo. A queda chegou a 0,3% em relação ao mês anterior.

No quarto trimestre, a produção industrial registou um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2008, o resultado interrompe a sequência de quatro trimestres de taxas negativas.

Segundo dados disponíveis, houve um aumento da produção em 18 dos 27 ramos em Dezembro, na comparação com Novembro do ano passado. A indústria metalúrgica ganha destaque nestes dados registando uma alta de 11,3%.

Os principais resultados negativos foram registados na produção de material electrónico, com uma queda de 12,2%.

Os bens de consumo duráveis tiveram uma queda de 4,9% quando comparados com Novembro, mas em relação a Dezembro de 2008 verificou-se um crescimento de 72,1%.

Ladeira abaixo

Na Folha Online:

Ex-aliados pedem renúncia do presidente Chávez em artigo

Um grupo de ex-aliados do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, integrado por antigos ministros, militares e congressistas, pediu sua renúncia hoje considerando que, depois de 11 anos no cargo, o político "não tem legitimidade nem capacidade de governar".

"Presidente Chávez, nós que fizemos da defesa da Constituição nossa luta [...] para evitar maiores males e desgraças ao país, como estão ocorrendo, exigimos formalmente a sua renúncia", pede o documento, assinado pelo grupo Polo Constitucional e publicado hoje na imprensa venezuelana.

Entre as assinaturas estão a do ex-ministro de Relações Exteriores Luis Alfonso Dávila, do ex-ministro de Defesa Raúl Isaías Baduel, de Herman Escarrá, um dos principais redatores da atual Constituição, e de dois ex-comandantes que acompanharam Chávez na tentativa de golpe de Estado em 1992, Yoel Acosta e Jesús Urdaneta, entre outros.

O texto afirma que Chávez deve deixar o poder por "seu projeto absolutista e totalitário", "pela falta de prestação de contas", "pela linguagem imprópria" empregada que "despe a alma intolerante, mesquinha, cheia de ódio e de ressentimento". Chávez "não tem autoridade moral e material para governar, pois não responde à satisfação das exigências do povo", continua.

O Polo Constitucional reivindica também o direito dos venezuelanos "à propriedade privada", à "educação plural" e ao "pluralismo político" e lamenta que o Exército e outras instituições estejam "distorcidas pela penetração de elementos estranhos", em uma clara alusão a Cuba. Além disso, considera que o atual Executivo peca por uma "centralização irresponsável que coloca seus caprichos na frente das necessidades do Estado".

Os responsáveis pela carta dizem que a Venezuela vive com falta de água, energia elétrica, sofre com altos índices de insegurança e com uma "escandalosa corrupção", que "agregam elementos para a desqualificação de Chávez como governante".

"Funcionários, familiares e personagens conhecidos como os 'boliburgueses' [burgueses bolivarianos] saquearam administrações, ministérios, Prefeituras, empresas do Estado", assegura o texto opositor.

Chávez disse neste domingo em seu programa dominical de rádio e televisão "Alô Presidente" e em seu artigo semanal "As linhas de Chávez" que observou nas manifestações contra ele nos últimos dias "o mesmo formato de violência" de abril de 2002, quando foi derrubado durante dois dias. "Há grupos que estão chamando os militares ativos, incitando-os. Recomendo que não o façam porque juro que minha resposta será forte", advertiu Chávez.